A minha prima Zélia era bonita,
Como uma doce flor de jetirana,
Que se abre no sertão e na savana
E nas areias do deserto israelita.
Linda flor, que no meu jardim habita,
Tão bela, como Inês, a lusitana,
Mulher de uma beleza soberana,
Por quem Camões chorou na sua desdita.
Bendita sejas tu entre as mulheres!
E perdoa este poeta se puderes,
Que por ti só andou sonhando tanto!
Nos desvarios da juventude terna,
Nas noites perdidas na taverna,
Onde afogava as dores do seu pranto!