Lembro da doce vida nas Arcadas,
Dos colegas que já foram embora,
Da volta para casa fora de hora,
E a saudade, por fim, das namoradas.
Da ausência do seu rosto nas noitadas
Que prosseguiam por toda noite afora,
Uma lembrança a mais daquele outrora,
Gravada pelas Ruas e nas calçadas.
Era uma festa, a velha Academia,
Quando eu era estudante e ali vivia
Buscando neste mundo o meu lugar.
Mas, nesta fase da vida, a esta altura,
Em que tive ventura e desventura,
De vez em quando, eu fico a recordar.