A vez primeira que a minha prima vi,
Nunca mais tive sossego, e se me lembro
O mês, era o mês festivo de dezembro,
E a minha alma se envolveu num frenesi!
Por aquele amor, que eu nunca me esqueci,
E que me traz tanta dor quando me alembro,
E uma saudade intensa que eu relembro
Daquela loucura imensa que eu vivi.
Da minha prima, nunca mais eu soube dela,
Mas algo, dentro de mim, por vez revela,
Que ela foi o grande amor da minha vida!
Amor, que veio outro e me levou tão cedo,
Porque ao invés de confessá-lo eu tive medo
De ser aquela minha paixão incompreendida!