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  • areisdourado

Recordação da minha prima Zélia (5)

Atualizado: 6 de jun. de 2020



Lembro-me da casa dela na encosta,

E lá em cima no alto do rochedo,

Braço aberto, na ponta do penedo,

O Cristo olha o mar de Costa à Costa.

Cacifado num joguete de aposta,

Envolvendo dinheiro, amor e medo

Resignado jaz no monte, a pé quêdo

E venerado, majestade posta!

Foi no meio deste drama que te vi

E desde então, na vida eu me perdi,

Como quem foi também crucificado!

Não na cruz, mas no ardor dos teus abraços

E na doce ternura dos teus braços,

O anelar de um porvir despedaçado!

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