Sob o título "O Pacote do Ministro Moro", o editorial do jornal O Estado de São Paulo, na sua edição de quarta-feira de 7 de fevereiro alega ser controverso o ponto do Projeto que permite ao juiz reduzir a pena de policiais, que causarem morte durante a sua atividade, até a metade ou deixar de aplicá-la se o excesso decorrer de escusável medo, surpresa ou violenta emoção. A opinião discordante do respeitável jornal repousa na alegação de que o policial é um profissional que recebeu o devido treinamento e foi avaliado como apto para exercer essa atividade, portanto, a rigor não caberia falar em escusável medo, surpresa, ou violenta emoção. Peço todas as venias aos seus articulistas, mas não posso concordar com tal opinião, lastreada na ótica simplista de que o policial é um profissional que recebeu o devido treinamento e foi avaliado como apto para exercer essa atividade. Alto lá, senhores jornalistas! Não obstante, o policial ter recebido o devido treinamento para o exercício do seu mister, este treinamento não o imunizou contra o medo, tampouco o tornou imune a surpresa, ou a violenta emoção. O treinamento recebido não pode vaciná-lo contra estas emoções imanentes ao ser humano, não importando a profissão que abrace. Portanto, o Projeto do Ministro Moro neste particular está corretíssimo. Poderia manifestar-me cordialmente esta discordância no espaço adequado deste jornal, do qual sou assinante há mais de 40 anos, que é o "fórum dos leitores", mas como sou persona non grata deste matutino, que me considera um extremista de direita, estou publicando esta discordância no meu BLOG: areisdourado.com.br
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