Quando anoitece
cupido desce
lá nas Arcadas
arco na mão.
E noar fremente,
subitamente,
clima de amor,
ais de paixão.
Penso em Judith,
doce Afrodite,
bela judia,
flor do Sião.
Se maronita,
ou israelita,
banha nas águas
do rio Jordão.
Quando ela chega,
estrela Vega
rasga nos céus
o seu clarão.
Eu só almejo
no meu cortejo
roubar-te um dia
teu coração.
E até quem sabe,
sem muito alarde,
roubar-te um beijo,
pedir-te a mão.
Moça formosa,
bela e ditosa,
musa da minha
Inspiração.
Quando anoitece,
cupido desce
lá nas Arcadas
arco na mão.
Arcadas 23-04-1967