...A fonte das minhas reflexões advém do conhecimento intuitivo. Os cosmologistas não trabalham com o conhecimento intuitivo, mas com outro ramo do processo cognitivo, o intelecto, daí sua limitação para compreender as coisas que se acham fora do espaço e do tempo e, portanto, fora da matéria mais grosseira. Por isto mesmo, não é capaz de perceber com o cérebro de matéria, o fenômeno que se passou antes do acontecimento menor conhecido como Big Bang, e se contenta com a afirmação também hipotética de que o universo era muito quente e esfriou muito, possibilitando a saída da luz, que se encontrava aprisionada no interior da matéria. A luz não se encontrava aprisionada, porque não havia luz, nem matéria para nesta se aprisionar. Em virtude do ato da vontade de Deus, que está colocado nas palavras “Faça-se a Luz!”, as irradiações se projetaram para além do limite do divino, e, depois, em direção para baixo, resfriando sempre mais, tiveram de atuar na energia ou na pressão cada vez menor devido ao resfriamento. A Luz, portanto, sob a forma de irradiações, veio vindo de distâncias lendárias e ia se resfriando cada vez mais, e no resfriamento cada vez maior ia deixando atrás de si acontecimentos isolados, que abrangem então vastidões e distâncias imensas, mundos que iam tomando forma à medida que as irradiações avançavam, até que ao alcançar as últimas ramificações inferior desta grande Criação atingiu, no resfriamento, uma maior densidade e deu causa ao fenômeno conhecido como Big Bang, quando o tempo e o espaço surgiram na matéria grosseira. O assunto continua em Reflexões Epistemológicas sobre o Big Bang (4)
- areisdourado